Uma família não é uma organização humana e sim uma entidade orgânica. Não deveria ser comparada a uma escola onde os pais ensinam os filhos como se fossem professores. Nem tampouco deveria ser como uma empresa, onde todos têm responsabilidades a cumprir, porém sem nenhum vínculo orgânico.
É claro que cabe aos pais a tarefa de ensinar como ser um bom filho, um cidadão de bem que cumpre seus deveres, enfim, como ser um homem normal na sociedade. Na família todos devem ter sua responsabilidade, cada um desempenhando sua função, tanto pais como filhos. Contudo, essa entidade familiar não deve se comportar como uma organização humana.
A família, nos moldes divinos, deve ser um organismo vivo. Tanto o ensino como o desempenho de responsabilidades devem ter como suporte a vida de Deus.
Isso pode ser comparado ao que o Senhor Jesus falou a respeito da videira, no Evangelho de João, capítulo 15. Uma videira produz o fruto não por ser ensinada a fazê-lo, mas por meio de elementos de vida que fluem a partir do solo, por meio da seiva, chegando aos ramos. Todos são importantes para produzir o fruto: o solo, o caule, a seiva e os ramos. Podemos dizer que o solo é Deus Pai, que é a fonte de todas as coisas; o caule é Deus Filho, que é o meio pelo qual a seiva flui como o Deus Espírito, suprindo os ramos, que somos nós, os pais. Desde que os ramos estejam supridos por Deus, eles poderão produzir os frutos.
Portanto, nossos filhos serão o resultado de nosso desfrute de Cristo. Quanto mais absorvermos da seiva divina, mais produziremos filhos "divinos".
Não adianta ter um "bom ensino", muitas regras, etiqueta, bom temperamento. Os pais necessitam experimentar a seiva divina por meio de gastar mais tempo com a Palavra de Deus e a oração. Dessa maneira, terão a habilidade para produzir belos frutos.
Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 109
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